O grande problema com esta narrativa é que ela vai de encontro aos fatos, tendo sido desmacarada até por líderes palestinos como Immad Falluji, ministro das comunicações da Autoridade Palestina, e pela viúva de Yasser Arafat, Suha. Ambos afirmaram publicamente que a Intifada já tinha sido planejada muito antes da visita de Sharon.
O discurso de Immad Falluji foi feito no dia 5 de dezembro de 2000 e a entrevista de Suha Arafat foi transmitida em 12 de novembro de 2011. Apesar disso, o Jornal Nacional continuava desinformando em 2014.
Immad Falluji:
"Quem quer que pense que a intifada começou por causa da desprezível visita de Ariel Sharon a mesquita de al-Aqsa está enganado. Aquela foi apenas a última gota, que acabou com a paciência do povo palestino.
Esta intifada já estava planejada desde que o presidente [Yasser Arafat] retornou das recentes negociações em Camp David (em julho de 2000), nas quais ele enfrentou o presidente Clinton e rejeitou com firmeza os termos americanos [para o acordo] no coração da América.
Arafat foi o primeiro presidente a dizer, em pleno coração da América, que rejeita os termos americanos de forma inequívoca -- quando ainda estava em Washington e em Camp David.
Ele demonstrou que não cederá aos termos americanos, não importa quais sejam as circunstâncias."
Suha Arafat:
"No nível pessoal eu sinto muita, muita falta dele. [Nossa filha] Zahra também sente falta dele. Você nem pode imaginar.
Ela não o conheceu. Ela sabe que Arafat nos mandou embora antes da invasão [israelense] de Ramallah. Ele disse: vocês têm que deixar a Palestina porque eu quero realizar uma intifada e não estou preparado para me proteger atrás de minha esposa e de minha filha pequena.
Todos disseram que "a Suha o abandonou", mas eu não o abandonei. Ele ordenou que eu o abandonasse pois ele já tinha decidido promover uma intifada depois dos acordos de Oslo e do fracasso de Camp David."
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