domingo, 19 de agosto de 2018

Oriente Médio


Palestina






quinta-feira, 16 de agosto de 2018

Refugiados árabes da Palestina... de quem é a culpa?

A guerra de independência de Israel se divide em duas partes: violentos combates começaram horas após a votação nas Nações Unidas aprovando a partilha da Palestina em 29 de novembro de 1947 e duraram até a véspera da evacuação britânica em 14 de maio de 1948. Já o conflito internacional começou no dia 15 de maio (um dia após a criação de Israel), quando cinco exércitos árabes invadiram o estado judeu. As hostilidades continuaram até janeiro de 1949.

A primeira fase do conflito consistiu, principalmente, em uma guerra de guerrilha. A segunda, em uma guerra convencional. Mais da metade (entre 300.000 e 340.000) dos 600.000 refugiados árabes fugiu antes da evacuação britânica, a maioria no último mês.
Os árabes da Palestina fugiram devido a uma grande variedade de circunstâncias e por diversas razões. Os comandantes árabes ordenaram aos não combatentes que saíssem do caminho das manobras militares e ameaçavam retardatários com tratamento dispensado a traidores caso ficassem. Eles ainda exigiam que as aldeias fossem evacuadas a fim de melhorar seu posicionamento no campo de batalha e prometiam aos residentes que eles voltariam sãos e salvos em questão de dias

Em um programa onde conversa com ouvintes, Ibrahim Sarsur, o líder do movimento islâmico, fala sobre os refugiados árabes e, junto com o ouvinte que liga de Gaza, culpa os líderes árabes pelo problema. 

Programa de TV exibido em 30 de abril de 1999, no canal do Fatah, da Autoridade Palestina:

Ouvinte de Gaza: Sr. Ibrahim, dirijo-me a você como um muçulmano. Meu pai e meu avô me disseram que durante a "catástrofe" (o estabelecimento de Israel), o oficial de nosso distrito emitiu uma ordem dizendo que quem ficasse na Palestina e em Majdel (no sul de Israel, perto de Ashkelon) é um traidor, ele é um traidor...
Ibrahim Sarsur: Eu não quero culpar aquele que causou essa situação, mas somos forçados a lidar com essa situação.  
Quem deu a ordem os proibindo de ficar lá carrega a culpa por isso nesta vida e na próxima.

Algumas comunidades preferiram fugir a assinar um armistício com os sionistas; nas palavras do então prefeito de Jaffa, "eu não me importo com a destruição de Jaffa desde que consigamos a destruição de Tel-Aviv".

  • Agentes do mufti atacaram os judeus com o propósito de provocar hostilidades 
  • Famílias com recursos fugiram do perigo. Quando os inquilinos agrícolas ouviram que os proprietários seriam punidos, ficaram com medo de serem expulsos e se anteciparam abandonando as terras. 
  • Hostilidades mortíferas impediram qualquer planejamento:  a escassez de alimentos e de outros bens de primeira necessidade se espalhou. Serviços como estações de bombeamento de água foram abandonados. --- O medo de pistoleiros árabes se alastrou, assim como rumores de atrocidades dos sionistas.
  • Em apenas um caso (Lydda), os árabes foram forçados a sair pelas tropas israelenses. A singularidade desse evento merece ênfase. O historiador Efraim Karsh explica acerca de toda a primeira fase da batalha: "Nenhum dos 170.000–180.000 árabes que fugiram dos centros urbanos e somente um punhado dos 130.000–160.000 aldeões que deixaram seus lares, foram forçados a sair pelos judeus".

A liderança palestina desaprovava o retorno da população, vendo nisso o reconhecimento implícito do nascimento do Estado de Israel. A princípio os israelenses estavam dispostos a aceitar o retorno dos deslocados de guerra, mas depois endureceram sua posição a medida que a guerra progredia. O Primeiro Ministro Ben-Gurion explicava seu modo de pensar em 16 de junho de 1948: "Esta será uma guerra de vida ou morte e [os deslocados de guerra] não devem retornar aos lugares abandonados. . . Nós não começamos a guerra. Eles começaram a guerra. Jaffa começou a guerra contra nós, Haifa começou a guerra contra nós, Beisan começou a guerra contra nós. E eu não quero que eles comecem uma guerra novamente". 

Resumindo, explica Karsh, "foram as ações dos líderes árabes que condenaram centenas de milhares de palestinos ao exílio".

Presidente da Autoridade Palestina afirma que países árabes são culpados pelos refugiados árabes da Palestina

Trecho de um artigo escrito por Mahmoud Abbas e publicado no jornal oficial da Organização para a Libertação da Palestina, Falastin al-Thawra (Beirute, Líbano, em março de 1976):
Os exércitos árabes entraram na Palestina para proteger os palestinos da tirania sionista, mas, em vez disso, eles os abandonaram, os forçaram a emigrar e a deixar sua pátria[1][2][3][4] Impuseram sobre eles um bloqueio político e ideológico e os jogaram em prisões e guetos parecidos com os que eram habitados pelos judeus na Europa oriental, como se estivéssemos condenados a trocar de lugar com eles: ele saíram de seus guetos e nós ocupamos outros similares. 
Os estados árabes conseguiram dispersar o povo palestino e destruir a sua unidade. Eles não os reconheceram como um povo unificado até que o resto do mundo o fez, e isso é lamentável*.
Por 17 anos as rádios árabes transmitiram sua intenção de jogar os judeus ao mar e de trazer os refugiados de volta para seus lares. Eles não jogaram os judeus ao mar e nem trouxeram os refugiados de volta a seus lares até que a guerra de outubro se apresentou como o único brilho de vitória na sombria luta árabe-israelense.  
Original

*Em julho de 2013 o mesmo Mahmoud Abbas, agora presidente da Autoridade Palestina, declarou a um jornal árabe que palestinos e jordanianos são a mesma coisa, mas afirmou que a Jordânia não será o estado "palestino":

عباس اكد ان الكونفدرالية او الفدرالية غير مطروحة مع الاردن فنحن شعب واحد في دولتين وقد تجاوزنا كل ما يتعلق بالوطن البديل الى غير رجعة ولا توجد هجرات فلسطينية للاردن مطلقاً، فصمود شعبنا ندعمه بكل الاشكال

"Não Matarás"


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Êxodo 20:12 
יב  לֹא תִרְצָח
Êxodo 32:27
כז  וַיֹּאמֶר לָהֶם, כֹּה-אָמַר יְהוָה אֱלֹהֵי יִשְׂרָאֵל, שִׂימוּ אִישׁ-חַרְבּוֹ, עַל-יְרֵכוֹ; עִבְרוּ וָשׁוּבוּ מִשַּׁעַר לָשַׁעַר, בַּמַּחֲנֶה, וְהִרְגוּ אִישׁ-אֶת-אָחִיו וְאִישׁ אֶת-רֵעֵהוּ, וְאִישׁ אֶת-קְרֹבוֹ.

No primeiro verso, o do decálogo traduzido na versão King James como 'Não Matarás', o original em hebraico registra a palavra tiraḥ, da raiz רצח (r
), enquanto no verso 32:27 o verbo usado é hirgu, que tem como raiz הרג (hrg).
A explicação mais comum é que o verbo liroaḥ, infinitivo de tiraḥ, corresponde a assassinar, enquanto laharog, o infinitivo de hirgu, deve ser traduzido como matar. 

De uma maneira geral, a questão pode ser resolvida desta forma -- e é exatamente assim que Dennis Prager faz -- mas isso acaba por ignorar um profundo debate entre alguns dos maiores exegetas bíblicos, que buscam entender o real significado da palavra a partir de uma detalhada comparação entre os trechos nos quais o verbo liroaḥ aparece.

Rashbam: רצח sempre significa assassinato
Em seu comentário sobre o Decálogo em Êxodo 20:13, Rashbam (rabino Samuel ben Meir, 1085-1158) argumenta que רצח deve significar assassinato e somente assassinato:


לא תרצח – כל רציחה, הריגה בחינם היא בכל מקום: מות יומת הרוצח (במדבר ל”ה:ט”ז-י”ח) הרצחת וגם ירשת (מלכים א כ”א:י”ט)  צדק ילין בה ועתה מרצחים (ישעיהו א’:כ”א).אבל הריגה ומיתה: יש בחינם כמו ויהרגהו (בראשית ד’:ח) דקין, ויש בדין כמו והרגת את האשה (ויקרא כ’:ט”ז).
Não assassinarás – O verbo ר-צ-ח  sempre – onde quer que apareça – se refere ao ato de matar sem justificativa adequada. Por exemplo (Num. 35:16— “o homicida (הרוצח) certamente morrerá” ou (Reis 1 21:19, quando o rei Ahab matou o inocente Nabote), “Porventura não mataste (הרצחת) e tomaste a herança,” or (Isa. 1:21), “A justiça habitava nela, mas agora homicidas (מרצחים).”Mas os verbos ה-ר-ג e מ-ו-ת as vezes se referem a homicídio injustificado (assassinato) –  (Gen. 4:8) “e ele,” Caim, “o matou (ויהרגהו)” – e as vezes se referem a homicídio justificado (execução) – como em (Lev. 20:16) “aquela mulher matarás (והרגת)”
Rashbam sugere que ה-ר-ג (h-r-g) e מ-ו-ת (m-w-t) são termos gerais, que podem se referir a um homicídio de qualquer tipo, o equivalente a matar, enquanto ר-צ-ח (r) é um termo mais restrito, que refere-se apenas a matança injustificada.

Em seu comentário sobre o Decálogo, o contemporâneo mais jovem de Rashbam, o rabino Yossef Bechor Shor, faz a mesma distinção:


רציחה: מורטר”א בלע”ז, והיא מיתה שלא כדין, ואין לשון רציחה שייך אלא כשלא כדין, אבל מיתה והריגה שייכי בין בדין, בין שלא בדין,
רציחה é meurtre ("assassinato" em francês), matar ao arrepio da lei.  A palavra רציחה não pode ser usada exceto no caso em que a morte tenha sido contra a lei, mas מיתה e הריגה podem descrever tanto ações legais quanto ilegais


"Assassino que mata sem intenção"



Números 35:11

יא  וְהִקְרִיתֶם לָכֶם עָרִים, עָרֵי מִקְלָט תִּהְיֶינָה לָכֶם; וְנָס שָׁמָּה רֹצֵחַ, מַכֵּה-נֶפֶשׁ בִּשְׁגָגָה.


11 Fazei com que vos estejam à mão cidades que vos sirvam de cidades de refúgio, para que ali se acolha o homicida que ferir a alguma alma por engano.

Ainda de acordo com a distinção feita por Rashbam, o verbo lirṣoaḥ é usado pois se refere ao "ato de matar sem justificativa adequada". Mas já que o contexto lida com assassinato premeditado, se o "assassinato" ocorre "por engano" ("sem intenção", no original) então não há punição. Mas ele ainda assim é um roeaḥ.

Já o exegeta português Isaac ben Yehudah Abarbanel (1437–1508) defende que o termo rotseaḥ pode se referir tanto a alguém que mata com justificativa quanto a um assassino, levando a considerações sobre a raiz da palavra e a uma reflexão sobre o valor da vida humana mesmo quando o ato de matar é legítimo e permitido, como no caso da pena de morte.  



quarta-feira, 15 de agosto de 2018

Palestinos recebem até 14 vezes mais ajuda per capita do que estados africanos mais pobres

Em 2013, a Etiópia recebeu 3,2 bilhões de dólares em ajuda financeira. Os palestinos receberam aproximadamente 2 bilhões de dólares no mesmo ano.

À primeira vista esses números não parecem tão absurdos, afinal de contas os etíopes recebem 50% mais ajuda que os palestinos. O problema é que a população da Etiópia é vinte vezes maior que as populações da Cisjordânia e de Gaza somadas: 94 milhões de etíopes, em comparação com aproximadamente 4,2 milhões de palestinos. Isso significa que o palestino médio recebe por volta de 14 vezes mais ajuda per capita (US$ 476) do que o etíope (US$ 35).

Mas a discriminação não termina aí.

Uma das "regras" na alocação de recursos é que você beneficia proporcionalmente os cidadãos que são mais pobres e sofrem mais dificuldades. 
Aplicar essa regra à nossa comparação mostra que os etíopes são muito mais necessitados que os árabes palestinos. O PIB per capita na Etiópia é de US$ 500, um dos mais baixos do mundo. Na Cisjordânia e na Faixa de Gaza, o PIB per capita é de US$ 2.800. Não há números oficiais para o PIB per capita de Gaza, mas mesmo considerando que ele seja metade da média da Cisjordânia, ainda assim o PIB per capita em Gaza seria três vezes maior do que o dos etíopes. No entanto os etíopes recebem 15 vezes menos ajuda que os palestinos recebem, embora tenham apenas 1/5 da renda dos palestinos.

Essa discriminação quanto a ajuda internacional se repete na comparação entre os palestinos e a Libéria. A expectativa de vida no país africano está em impressionantes 60 anos, em comparação com respeitáveis 73 anos para os palestinos. O mesmo acontece quando comparamos a ajuda oferecida aos palestinos com a dada aos quenianos.

Fonte: http://data.worldbank.org/indicator/DT.ODA.ALLD.CD


Refugiados palestinos

De acordo com a UNRWA, a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina, há atualmente 5,3 milhões de refugiados palestinos; de acordo com um relatório feito pelo Departamento de Estado norte-americano, o número chega apenas a 20 mil pessoas.
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O que explica uma diferença tão brutal entre os dois cálculos?

Existe apenas um documento que define quem é um refugiado - a Convenção sobre Refugiados de 1951, mais tarde emendada pelo Protocolo de 1967.

De acordo com o documento, um refugiado é "qualquer pessoa que, em razão de fundados temores de perseguição devido à sua raça, religião, nacionalidade, associação a determinado grupo social ou opinião política, encontra-se fora de seu país de origem e que, por causa dos ditos temores, não pode ou não quer fazer uso da proteção desse país ou, não tendo uma nacionalidade e estando fora do país em que residia como resultado daqueles eventos, não pode ou, em razão daqueles temores, não quer regressar ao mesmo".

O tratado não afirma que os palestinos são ou não refugiados, limitando-se a dizer que eles não são elegíveis para proteção na Convenção sobre Refugiados porque a UNRWA já existia. 

O primeiro artigo da Convenção lista também casos que estão excluídos da definição, como, por exemplo, de indivíduos que são culpados de crimes de guerra ou que se tornaram cidadãos de outro país. E os árabes palestinos também estão excluídos. Isso foi feito a pedido dos países árabes. 
Como a UNRWA foi considerada temporária, a Convenção diz que os árabes palestinos estarão sujeitos às disposições da Convenção assim que a UNRWA deixar de ser responsável por eles. Então, eles só seriam considerados refugiados caso se encaixassem na definição da Convenção de Refugiados.


O que é a UNRWA e como ela chegou nos 5,3 milhões 

A Organização das Nações Unidas tem um órgão para tratar de todos os refugiados do mundo inteiro, chamado UNHCR, e outro que cuida exclusivamente dos "refugiados da Palestina", a UNRWA.


A UNRWA, que tem um orçamento anual de mais de um bilhão e duzentos milhões de dólares, emprega mais de 30.000 pessoas, fornecendo educação, empregos e todo o tipo de assistência social.

A organização, que não tem autoridade para definir o que ou quem é um refugiado, faz malabarismos retóricos em seus documentos cuidadosamente redigidos, nunca definindo as pessoas registradas por ela como refugiados. A UNRWA se refere a eles quase que invariavelmente como "Refugiados da Palestina", com exceção de algumas poucas vezes em que a palavra "refugiados" aparece, mas nestes casos é apenas nomenclatura, e não uma descrição. A UNRWA se esforça para dizer que ela está usando a palavra apenas para determinar quem é elegível para os serviços, não como um termo legal. É apenas uma definição de trabalho. 
Ela não está tentando definir o termo "refugiado" pois não pode fazer isso: a Convenção sobre Refugiados é o único lugar onde o termo pode ser definido. Tudo o que a UNRWA pode fazer é decidir a quem eles querem prestar serviços.


Vejamos a definição da UNRWA em suas "Instruções Consolidadas de Elegibilidade e Registro" com este detalhe em mente:

Pessoas que satisfazem os critérios de Refugiado da Palestina da UNRWA
Estas são pessoas cujo local de residência normal era a Palestina durante o período de 1º de junho de 1946 a 15 de maio de 1948, e que perderam tanto a casa como os meios de subsistência como resultado do conflito de 1948. Refugiados da Palestina e descendentes de homens refugiados da Palestina, incluindo crianças legalmente adotadas, são elegíveis para se registrarem para os serviços da UNRWA. A Agência aceita novos pedidos de pessoas que desejam ser registradas como refugiados da Palestina. Uma vez registrados na UNRWA, as pessoas nesta categoria são denominadas Refugiados Registrados ou como Refugiados Palestinos Registrados.
Original:
These are persons whose normal place of residence was Palestine during the period 1 June 1946 to 15 May 1948, and who lost both home and means of livelihood as a result of the 1948 conflict. Palestine Refugees, and descendants of Palestine refugee males, including legally adopted children, are eligible to register for UNRWA services. The Agency accepts new applications from persons who wish to be registered as Palestine Refugees. Once they are registered with UNRWA, persons in this category are referred to as Registered Refugees or as Registered Palestine Refugees.
O documento não fala em "refugiados palestinos" e em vez disso usa o termo "refugiados DA Palestina". O motivo é que, até aquele momento, os árabes que residiam no local se identificavam como sírios [1] [2] [3] e acusavam os judeus de inventarem uma identidade palestina inexistente.

Para ser considerado um "Refugiado da Palestina", tudo o que UNRWA exige é que a pessoa tenha residido no local por pouco menos de 2 anos. Não há necessidade de ser nativo ou de provar a existência de raízes ou alguma relação histórica com o local. Mas o detalhe mais curioso está na forma como o documento da organização se refere aos beneficiados em inglês: O termo "Palestine Refugees" (Refugiados da Palestina) aparece em maiúsculas, mas os "descendants of Palestine refugee males" (descendentes de homens refugiados da Palestina) são mencionados com letra minúscula.

A explicação: de acordo com a Convenção sobre Refugiados, o único documento com autoridade reconhecida sobre o assunto, apenas os "Refugiados da Palestina" podem ser considerados verdadeiros refugiados -- gente que vivia no local e foi desalojada, que continua sendo apátrida e vive fora de Gaza ou da Cisjordânia.
Seguindo estes critérios, que são os mesmos aplicados a todos os outros refugiados do mundo, chegamos ao número apresentado pelo governo americano: 20 mil pessoas. 

Por que a UNRWA, os palestinos e os países árabes insistem em passar o status de "refugiado" de forma hereditária?

A UNRWA:
A organização tem um orçamento anual que chega a um bilhão duzentos e trinta milhões de dólares (2010-2011) e uma máquina gigantesca que emprega mais de 30 mil pessoas, entre elas burocratas internacionais muito bem pagos com dinheiro vindo de impostos de americanos e europeus. A máquina burocrática tem interesse em multiplicar e perpetuar os "refugiados" para manter a si própria e arrecadar cada vez mais.
Ativista de direitos humanos árabe-palestino culpa a ONU e os árabes pela situação dos palestinos

Os palestinos:
A economia palestina é altamente dependente desse dinheiro. A taxa de desemprego está em 32,4% e as instituições controladas pela organização fazem o papel do estado, que aparelhado por seus líderes fica livre para criar um número recorde de funcionários públicos milionários enquanto os pagadores de imposto americanos financiam a saúde e educação dos palestinos -- incluindo o terrorismo e a destruição de Israel. [2] [3] [4] [5]

De acordo com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), os palestinos receberam, apenas entre 1993 e 2016, 35 bilhões de dólares em ajuda internacional. Eles recebem per capita 15 vezes mais do que países africanos bem mais pobres, como a Etiópia.  

Os países árabes:
Após a Guerra dos Seis Dias, Israel fez repetidas tentativas de retirar os palestinos dos campos de refugiados da Faixa de Gaza e da Cisjordânia e assentá-los em novas habitações permanentes. O objetivo era ajudar na sua "reabilitação" como residentes assentados integrados na economia local. A Organização para Libertação da Palestina (OLP) se opôs à reabilitação, assassinando alguns árabes que participaram e intimidando outros. Os estados árabes defenderam, com sucesso, novas resoluções da ONU para manter os refugiados nos campos. Isso se deveu a uma atitude exposta anteriormente pelo ex-funcionário da ONU, Ralph Galloway, que declarou em 1958:
Os estados árabes não querem resolver o problema dos refugiados. Eles querem mantê-lo como uma ferida aberta, como uma afronta às Nações Unidas e como uma arma contra Israel. Líderes árabes não dão a mínima se os refugiados vivem ou morrem.

"Direito de Retorno" - um plano para destruir Israel através da demografia
Através do fictício "direito de retorno", os líderes árabes defendem que Israel cometa suicídio demográfico, aceitando que mais de 5 milhões de árabes que têm uma ligação histórica insignificante e que nunca pisaram no território que reivindicam, "retornem" e façam dos judeus uma minoria em seu próprio estado. A idéia é tão importante para os líderes árabes que Mahmud Abbas, chefe da Autoridade Palestina, afirmou que "é melhor que os palestinos morram do que desistam do direito de retorno".  
"Se os refugiados retornarem a Israel, Israel deixará de existir."
Gamal Abdel Nasser, líder egípcio (1954-1970) - retirado do livro The United Nations and the PLO (1989), by Harris O. Schoenberg, página 239