segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

Black Lives Matter e violência contra negros na América



Violência policial
  • Policiais americanos mataram quase 2 vezes mais brancos do que os negros em 2015. Segundo dados compilados pelo jornal The Washington Post, 50% das vítimas de tiroteios fatais efetuados pela polícia eram brancas, enquanto 26% eram negras. A maior parte dessas vítimas tinha uma arma de fogo ou "estava armada (com algum outro objeto) ou ameaçando o policial com força potencialmente letal", de acordo com Heather Mac Donald, em um discurso no Hillsdale College.

Comentário: Brancos representam 62% da população americana, enquanto negros são apenas 13%. Mas, como informa Mac Donald no The Wall Street Journal, as estatísticas de 2009 do Bureau of Justice Statistics revelam que negros são responsáveis por 62% dos roubos, 57% dos assassinatos e 45% dos assaltos nos 75 maiores condados do país, apesar de representarem aproximadamente 15% da população nestes mesmos locais.
Heather MacDonald também mencionou em seu discurso em Hillsdale que os negros são responsáveis por 75% de todos os tiroteios, 70% de todos os roubos e 66% de todos os crimes violentos" em Nova York, embora eles representem apenas 23% da população da cidade.

Com base nestes números seria lógico esperar que o número de negros mortos ou feridos em confrontos com a polícia fosse consideravelmente mais alto, já que o uso da força por parte de policiais ocorre com mais frequência justamente no combate de crimes violentos, com suspeitos armados e que resistem à prisão, crimes estes que são predominantemente cometidos por negros.  

  • Mais brancos e hispânicos morrem pelas mãos da polícia do que negros.  12% dos homicídios de brancos e hispânicos foram causados por ações policiais, enquanto apenas 4% dos homicídios de negros foram de responsabilidade da polícia.
  • Os dados do Washington Post mostram que homens negros desarmados têm mais chances de morrer pela arma de um policial do que um homem branco desarmado. Em agosto de 2015, a proporção de homens negros desarmados mortos pela polícia em comparação com a de homens brancos desarmados era de 7:1. A proporção foi de 6:1 no final de 2015. 

Comentário: O Marshall Project contesta a metodologia usada e mostra as falhas responsáveis por este resultado:
O termo "desarmado" é literalmente preciso, mas freqüentemente falha em transmitir situações de policiamento altamente carregadas. Em vários casos, se a vítima acabou desarmada, certamente não foi por falta de tentativa. Pelo menos cinco vítimas negras teriam tentado agarrar a arma do policial ou bater nele com seu próprio equipamento. Alguns foram atingidos por um tiro acidental desencadeado por seu próprio ataque contra o policial. E dois indivíduos incluídos na categoria de "vítimas negras desarmadas" do [Washington] Post foram atingidas por balas perdidas disparadas contra outras pessoas em tiroteios policiais justificados. Se as vítimas não eram os alvos pretendidos, então o racismo não pode ter desempenhado nenhum papel em suas mortes.
Em um desses casos acidentais, um policial disfarçado estava conduzindo uma operação em Mount Vernon, no norte de Nova York. Um dos traficantes de armas pulou no carro do policial, apontou uma pistola para sua cabeça, pegou 2.400 dólares e fugiu. O policial iniciou uma perseguição e abriu fogo depois que o ladrão apontou sua arma para ele mais uma vez. Duas das balas do oficial acidentalmente atingiram um inocente de 61 anos, matando-o. O homem mais velho era negro, mas sua raça não teve nada a ver com sua trágica morte.
No outro caso de dano colateral, em Virginia Beach, Virgínia, os policiais se aproximaram de um carro estacionado em uma loja de conveniência que tinha um suspeito de homicídio no banco do passageiro. O suspeito abriu fogo, acertando a camisa de um policial. Os policiais atiraram de volta, matando o homem que os atacou, assim como uma mulher no banco do motorista. Aquela mulher entrou no banco de dados do Post como uma "vítima negra desarmada" de policiais, sem qualquer explicação adicional. 
O estudo mostra outros casos semelhantes. 

De acordo com a base de dados de 2015 do The Washington Post, 36 homens negros desarmados foram mortos por tiros disparados por policiais -- de um total de 990 pessoas mortas por tiros da polícia; 31 homens brancos desarmados foram baleados e mortos pela polícia no mesmo ano.

Dos 36 homens negros desarmados mortos por tiros da polícia, o nível de ameaça foi determinado como "ataque em andamento" em 15 deles, "outro" em 18 e três como "indeterminado". 
Uma vez que a classificação "outro" é muito ampla, aqui estão algumas das instâncias que se encaixam nesta categoria:
1 - Um homem foi baleado quando correu na direção de policiais          "empunhando um grande galho de árvore"; 
2 - Outro foi atingido quando tentou tirar algo do carro quando lhe ordenaram que levantasse as mãos; 
3 - Um homem foi acidentalmente atingido por uma bala destinada a um outro homem que apontou uma arma para um policial.

De acordo com outro estudo, conduzido por Roland G. Fryer Jr., da Universidade de Harvard, negros têm uma probabilidade 20% menor de serem atingidos pela polícia com armas de fogo.

Quando Fryer e sua equipe examinaram os detalhes dos 1.332 casos de troca de tiros envolvendo forças de segurança, eles descobriram que os policiais eram menos propensos a disparar contra suspeitos negros.

Fryer encontrou o mesmo resultado quando examinou casos que não resultaram em tiroteios. Usando dados do Departamento de Polícia de Houston, o professor analisou prisões nas quais força letal poderia ter sido justificada -- casos em que os suspeitos foram presos por ofensas graves, como resistir à prisão, fugir ou atacar um policial, e descobriu que se o suspeito era negro, a probabilidade de ser alvejado por tiros de policiais era cerca de 20% menor.

  • Policiais negros e hispânicos atiram mais em negros do que policiais brancos, de acordo com um relatório do Departamento de Justiça (2015) sobre o Departamento de Polícia da Filadélfia. Esta conclusão foi confirmada por um outro estudo conduzido pelo criminologista Greg Ridgeway, da Universidade da Pensilvânia, que mostra que a probabilidade de negros serem baleados por policiais negros é 3,3 vezes maior do que por outros policiais.
  • Negros matam mais policiais do que policiais matam negros. Isso de acordo com dados do FBI, que também descobriu que 40% dos assassinos de policiais são negros. Segundo Mac Donald, a probabilidade de um policial ser morto por um negro é 18,5 vezes maior do que a de um negro desarmado ser morto por policiais


Violência entre negros
  • De acordo com Peter Papaherakles, da American Free Press, "para cada negro morto por um policial branco nos Estados Unidos a cada ano, há cerca de 71 negros mortos por outros negros"
Papaherakles chegou a sua conclusão depois de examinar os dados do FBI entre 2007-2012, bem como um relatório do Wall Street Journal destacando "centenas de homicídios [cometidos] por agências de segurança" que não estão na base de dados do FBI, e comparou com os 7.440 negros mortos por outros negros em 2007. 
  • Dados mostram que 93% dos negros vítimas de homicídio são mortos por outros negros.
84% dos brancos vítimas de homicídio são mortos por outros brancos, mas Jason Riley, do The Wall Street Journal, mostra que a taxa de crimes cometidos por brancos é "muito menor do que a taxa dos negros".


Aspectos sócio-econômicos
  • De acordo com Jason Riley, "as taxas de criminalidade dos negros eram menores nos anos 40 e 50, quando a pobreza negra era maior" e "a discriminação racial era desenfreada e legal".
  • De acordo com Heather Mac Donald, há uma ligação direta entre o colapso da família e a violência juvenil.

Como mostra o economista Thomas Sowell, antes da década de 1960 "a maioria das crianças negras era criada em famílias formadas pelos dois pais". Em 2013, mais de 72% dos negros nasceram fora do casamento. No condado de Cook - onde fica Chicago, um dos locais mais violentos dos EUA - 79% dos negros nasceram de mães solteiras em 2003, enquanto apenas 15% dos brancos são filhos de mães solteiras.

A criminalidade negra e o "legado da escravidão"
Thomas Sowell, em seu artigo The Inconvenient Truth about Ghetto Communities’ Social Breakdown:

O argumento do "legado da escravidão" não é apenas uma desculpa para um comportamento imperdoável nos guetos. Num sentido mais amplo, é uma evasão de responsabilidade pelas conseqüências desastrosas da visão social prevalente em nossos tempos e das políticas baseadas nessa visão ao longo do último meio século. Qualquer pessoa que leve evidências a sério só precisa comparar as comunidades negras, e como elas evoluíram nos primeiros 100 anos após a escravidão, com as comunidades negras e sua evolução nos primeiros 50 anos após o crescimento vertiginoso do estado de bem-estar social, a partir da década de 1960. 

[...]

Dizem que revoltas são resultado da pobreza negra e do racismo branco. Mas na verdade — para aqueles que ainda têm algum respeito pelos fatos — tanto a pobreza negra quanto o racismo branco eram muito piores antes de 1960. Mas os crimes violentos nos guetos negros eram muito menos frequentes.

Taxas de homicídio entre os homens negros estavam caindo durante os muito lamentados anos 50, enquanto passaram a subir depois dos anos 1960, atingindo níveis 2 vezes maiores do que tinham sido antes. A maioria das crianças negras eram criadas em famílias formadas por pai e mãe antes da década de 1960. Mas hoje a grande maioria das crianças negras são criadas em famílias monoparentais. Essas tendências não são exclusivas dos negros, nem mesmo dos EUA. O estado de bem-estar social levou a tendências semelhantes entre a classe-baixa branca na Inglaterra durante o mesmo período. Basta ler Life at the Bottom, de Theodore Dalrymple, um médico britânico que trabalhou em um hospital em um bairro de favelas habitadas por brancos. 
Você não pode isentar qualquer pessoa, seja da cor que for, das exigências da civilização — incluindo trabalho, padrões comportamentais, responsabilidade pessoal e todas as outras coisas básicas que a intelligentsia despreza — sem consequências desastrosas para eles e para a sociedade em geral.

Subsídios que ignoram juízos morais de estilos de vida contraproducentes estão tratando as pessoas como se fossem gado, que deve ser alimentado e cuidado por outros em um estado de bem-estar social — mas ainda assim esperando que eles se desenvolvam como os seres humanos se desenvolveram quando enfrentaram os desafios da vida. 

Um fato importante que continua a ser ignorado é que a taxa de pobreza entre casais negros tem estado em dígito único desde 1994. Comportamento e os fatos são importantes. Mais do que as visões sociais prevalentes ou que os impérios políticos construídos sobre essas visões.


Fontes
[1] [2] [3] [4] [5] [6] [7]


    terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

    A bandeira da Palestina presta homenagem a colonizadores e invasores

    Texto escrito pelo Dr. Mahdi Abdul Hadi e retirado do site oficial da Sociedade Acadêmica Palestina [para o Estudo] de Assuntos Internacionais (الجمعية الفلسطينية الأكاديمية للشؤون الدولية):

    VERMELHO: Os Khawarij foram o primeiro grupo islâmico a surgir após o assassinato do califa Uthman III, formando o primeiro partido republicano nos primeiros dias do Islã. Seu símbolo era a bandeira vermelha. Tribos árabes que participaram da conquista do Norte de África e da Andaluzia carregavam a bandeira vermelha, que se tornou o símbolo dos governantes islâmicos da Andaluzia (756-1355). Nos tempos modernos, o vermelho simboliza os Ashrafs de Hijaz (na Arábia Saudita) e os Hashemitas, descendentes do Profeta. Sharif Hussein desenhou a bandeira atual em junho de 1916, como a bandeira da revolta árabe. O povo palestino levantou-a como a bandeira do movimento nacional árabe em 1917. Em 1947, o Partido Baath Árabe interpretou a bandeira como um símbolo da libertação e da unidade da nação árabe. O povo palestino adotou novamente a bandeira na conferência palestina em Gaza, em 1948. A bandeira foi reconhecida pela Liga Árabe como a bandeira do povo palestino. Foi ainda aprovada pela OLP, o representante dos palestinos, na conferência palestina em Jerusalém em 1964.

    PRETO: O Profeta Maomé (570-632)
    No século VII, com a ascensão do Islã e a liberação de Meca, duas bandeiras - uma branca e outra preta - foram usadas. Na bandeira branca estava escrito: "Não há nenhum deus além de Alá e Maomé é o profeta de Alá."
    Em tempos pré-islâmicos, a bandeira negra era um sinal de vingança. Era a cor do turbante usado quando se liderava tropas para a batalha.
    Ambas as bandeiras negras e brancas eram colocadas na mesquita durante as orações de sexta-feira.
    A dinastia abássida (750-1258), que controlava Bagdá, levou o preto como símbolo de luto pelo assassinato dos parentes do profeta e em memória da Batalha de Karbala.

    BRANCO: A dinastia Umayyad (661-750), Damasco (Síria)
    Os omíadas governaram por 90 anos, tendo o branco como sua cor simbólica como um lembrete da primeira batalha do Profeta em Badr, e para se distinguir dos abássidas, usando branco em vez de preto, como sua cor de luto.
    Muawiyah Ibn Abi Sufian (661-750), fundador do Estado Umayyad, proclamou-se califa de Jerusalém (este foi o momento no qual Jerusalém se tornou uma cidade "sagrada" para muçulmanos).

    VERDE: A dinastia Fatimida (909-1171), Norte da África
    A dinastia Fatimida foi fundada no Marrocos por 'Abdullah al-Mahdi, e passou a dominar toda a África do Norte.
    Eles usavam o verde como sua cor, para simbolizar a sua fidelidade a Ali, o primo do Profeta, que em uma ocasião foi enrolado em um cobertor verde no lugar do profeta, a fim de frustrar uma tentativa de assassinato.
    _____________________________________________________________ 
    Símbolos nacionais -- como o hino e a bandeira -- são representações dos valores e da cultura dos povos que os ostentam. Ambos pegam emprestado do passado histórico, da religião e da identidade cultural de sua população, que, por isso mesmo, os vê como expressões de seus próprios valores e crenças. Em sua grande maioria, os símbolos nacionais também fazem menção ao território que seu povo habita e que considera como seu lar.

    Brasil: As estrelas, que estão na bandeira, nas armas e nos selos nacionais, representam os estados brasileiros e o distrito federal, e são o retrato do céu carioca no dia da Proclamação da República. 

    Portugal: A esfera armilar amarela representa os descobrimentos portugueses.

    Israel: A cor azul em sua bandeira é baseada em um corante chamado Tekhelet, que era feito de um caracol marinho. Esta cor é importante na cultura judaica, pois faz parte de um mandamento bíblico:
    “Tê-lo-eis nas franjas, para que o vejais, e vos lembreis de todos os mandamentos do Senhor, e os observeis; e para que não vos deixeis arrastar à infidelidade pelo vosso coração ou pela vossa vista, como antes o fazíeis; (Num 15:39)
    A estrela de Daví, que está estampada no centro da bandeira israelense, foi encontrada em sinagogas de Israel construídas nos séculos III e IV. A mesma terra de Israel que aparece centenas de vezes na Bíblia como sendo imprescindível para o cumprimento dos mandamentos da religião judaica.

    Já a bandeira palestina é praticamente igual a bandeira jordaniana. Ambas representam os ocupantes árabes muçulmanos e foram desenhadas pelo inglês Mark SykesNenhuma das duas é símbolo de povos nativos das regiões que ocupam e tampouco mencionam ou têm qualquer ligação com os locais que estes grupos clamam como sua pátria histórica.


    segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

    Êxodo 22:2 - "bandido bom é bandido morto"?



    Êxodo 22:2
    "Se um ladrão for surpreendido saltando um muro ou arrombando uma porta e, sendo ferido, morrer, quem o feriu não será culpado do sangue,"

    De acordo com as traduções mais populares da Bíblia, Deus dá ao indivíduo durante o terror e o perigo de uma invasão noturna — mesmo que seja apenas um ladrão, e não um estuprador ou um assassino — o direito de matar o invasor: "não será culpado do sangue".

    Mas na claridade do dia, quando há testemunhas que podem ajudar a condená-lo no tribunal ou transeuntes que podem ajudar a subjugá-lo sem uso de força letal, aquele que o matar será culpado pelo sangue derramado, como mostra o trecho seguinte:

    Êxodo 22:3
    "mas se essa ocorrência se der depois do nascer do sol, então será culpado de homicídio."

    Original em hebraico 
    אִם-זָרְחָה הַשֶּׁמֶשׁ עָלָיו, דָּמִים לוֹ
    Em hebraico o trecho traduzido como "se essa ocorrência se der depois do nascer do Sol" diz "Se o Sol nasceu sobre ele [o ladrão]".   

    Com base no texto original, um comentarista bíblico faz uma pergunta para tentar entender o real significado do texto: "E o sol nasceu apenas sobre ele, e não sobre o mundo inteiro?"

    O exegeta explica: o Sol é a paz no mundo. Então, se é sabido que a paz está com ele  ou seja, que o ladrão não representa um risco para a vida do dono da casa  o sangue derramado recai sobre o aquele que o matar.

    O comentarista prossegue afirmando que a expressão "sobre ele" nos ensina que não faz diferença se é dia claro ou se ainda é noite, o que importa é o risco que o ladrão representa para a segurança da vítima. 



    Mulheres no Exército


    "Mulheres não devem ser soldados de infantaria". É com essas palavras que uma capitã dos Fuzileiros Navais, Katie Petronio, se declara contra a integração de mulheres em grupos de infantaria em entrevistas concedidas a imprensa. 

    No artigo "Chega disso, nós não fomos todos criados iguais", publicado na revista militar Marine Corps Gazette, Katie, que serviu em uma brigada de infantaria, afirma que o corpo feminino não é capaz de resistir às exigências de uma carreira militar de longo prazo em postos de combate na infantaria.  

    Ela adverte que no caso de uma integração de mulheres em postos de infantaria, os fuzileiros navais americanos sofrerão com "um aumento colossal no número de mulheres incapacitadas e obrigadas a abandonar suas carreiras por causa de questões médicas".

    Petronio, que baseia suas conclusões em suas próprias experiências, afirma que mesmo tendo resultados "muito acima da média em todos os testes físicos para mulheres", acabou por desenvolver graves problemas de saúde em um curto período de tempo após servir no Iraque e no Afeganistão.  

    "Cinco anos depois eu não sou fisicamente a mulher que fui no passado, e meus pontos de vista a respeito de uma mulher ser bem sucedida em uma carreira duradoura na infantaria mudaram". A capitã, que participou de "numerosas operações de combate", acabou sofrendo  com stress e falta de sono, ela perdeu peso, mobilidade e parou de produzir estrógeno, desenvolvendo uma síndrome nos ovários que a deixou estéril.

    Petronio afirma ter obtido bons resultados, mas diz ter percebido que seria impossível suportar o esforço que os homens fazem e pediu dispensa por motivos de saúde.

    As afirmações da capitã americana são confirmadas por estudos conduzidos por grupos militares israelenses 
    Há quase duas décadas o exército israelense faz uso de unidades de combate mistas, integrando recrutas do sexo feminino em várias posições. Mais e mais posições de combate foram abertas às mulheres, que no passado ficavam restritas a cargos administrativos ou de inteligência.

    A divisão de relações públicas do exército do país fez grande estardalhaço ao tratar da abordagem "progressista" de Israel com relação a gêneros nas forças armadas, mas de acordo com o site Israel National News, um tradicional veículo de comunicação sionista e pro-militar, um relatório sugere que o exército está ignorando a realidade quando ela vai de encontro às políticas progressistas adotadas pelo comando militar desde o final da década de 1990.

    De acordo com o relatório publicado pelo Centro Liba, os próprios estudos do exército israelense sobre as unidades de gênero misto revelam uma visão muito menos otimista do serviço feminino em papéis de combate do que a imagem projetada por porta-vozes do militares.

    O Relatório Liba, que foi obtido pelo Arutz Sheva, cita estudos internos do exército iniciados por volta do ano 2000, que mostram que as mulheres combatentes se lesionaram gravemente em uma média significativamente maior do que a dos homens.
    O primeiro desses estudos, realizado de 1999 a 2000, mostrou que as mulheres em unidades de combate sofreram seis vezes mais lesões graves durante o treinamento do que os homens. Enquanto apenas 8% dos homens sofreram tais lesões, o número de mulheres foi de impressionantes 50%.

    Um estudo posterior, também realizado em 2000, avaliou a viabilidade de integrar mulheres na unidade de resgate aéreo de elite. A conclusão do estudo indicou claramente que as mulheres do grupo não eram capazes de suportar o estresse fisiológico. Outros estudos mostraram que durante períodos de esforço físico, inclusive em situações de combate, as mulheres são muito mais propensas a sofrer lesões irreversíveis.

    Em um estudo realizado ao longo de vários anos com soldados de ambos os sexos servindo no batalhão Caracal, de gênero misto, foi revelado que, apesar dos padrões terem sido reduzidos, 12% das mulheres do batalhão sofreram fraturas de estresse durante as operações, enquanto o número foi 0% entre os homens. Os efeitos com relação a problemas relacionados a gravidez não foi estudado, mas de acordo com o site há motivo para preocupação.

    O estudo também revelou que os soldados do sexo masculino foram prejudicados pelos baixos padrões das unidades Caracal, com membros homens tendo em média um nível menor de aptidão física do que os homens de batalhões masculinos.
    Em geral, as mulheres necessitaram de uma redução de 30% nos padrões físicos impostos aos soldados do sexo masculino.

    General Raz Sagi, chefe do Fórum para um Exército Forte, confirma os resultados
    De acordo com o general Sagi, a busca por igualdade no exército é responsável por uma diminuição dos padrões. "Que igualdade pode haver se as mulheres soldados nas unidades mistas correm menos, carregam menos peso e participam menos em marchas de longa duração? As mulheres acabam se tornando [soldados] de segunda classe. Isto não é igualdade. A própria Justiça israelense já determinou através da Suprema Corte, no caso Alice Miller, que o valor da capacidade operacional é maior do que o valor da igualdade. Quando os soldados do sexo masculino da unidade Caracal correm, as mulheres andam; quando os homens ficam de pé, as mulheres se sentam.

    Sagi ainda menciona os danos à saúde freqüentemente sofridos por mulheres combatentes: "Mesmo com os baixos padrões de aptidão, 50% das mulheres da unidade Caracal sofrem lesões permanentes, como discos rompidos e outros problemas".

    Ainda de acordo com o sargento, um problema mais intangível -- mas ainda assim grave -- é o efeito danoso para o moral dos soldados que servem em unidades mistas. "Quando você olha para o moral nessas unidades, você encontra um problema sério. Os homens que acabam nessas unidades perdem o moral. Eles tiram as etiquetas de identificação de sua unidade quando chegam em casa porque se envergonham de servir lá,  e os soldados que não têm orgulho de sua unidade não irão para batalha."

    "Exército israelense admite problemas com mulheres em combate"
    Depois de pelo menos 15 anos fazendo propaganda de mulheres em unidades de combate, o exército israelense está admitindo que as mulheres sofrem lesões com uma frequência muito maior do que os homens durante o treinamento de combate - apesar das exigências de treinamento para mulheres em combate serem consideravelmente mais baixas do que para homens.
    De acordo com um relatório da revista Bamahane, do exército, um estudo em larga escala foi realizado com soldados de combate mulheres na unidade de infantaria Karakal, no Corpo de Artilharia e no Corpo de Inteligência de Campo, entre os anos de 2012-13.

    O estudo indicou que um total de 46% das mulheres sofreram lesões durante o seu período inicial de formação, em oposição a 25% dos homens. Um terço das mulheres no estudo se machucaram mais de uma vez.

    As lesões incluíram ligamentos rompidos, entorses, dores no joelho e nas costas e fraturas de estresse. Estas últimas foram muito mais comuns em mulheres, afligindo apenas 2% dos homens, mas 8% das mulheres. "A maioria das fraturas de estresse aparece nas primeiras 4-6 semanas do período de treinamento, principalmente nos treinamentos de campo", explicou um oficial a Bamahane.

    "A densidade óssea das mulheres é menor que a dos homens, e é por isso que elas sofrem mais lesões", disse o oficial. "A porcentagem de gordura nas mulheres é 70% a 100% maior do que a dos homens e é por isso que elas são mais lentas e consomem mais energia durante as atividades do que eles. A densidade muscular delas é 33% menor do que os homens e sua capacidade de carregar peso é menor.

    As mulheres abandonam o campo de combate por razões médicas em médias que são de 2 a 5 vezes mais altas que as dos homens.

    Algumas das razões para a diferença de performance entre homens e mulheres 
    As mulheres e os homens são fisiologicamente e psicologicamente diferentes. A diferença entre os sexos não se limita apenas a tamanho e força. 

    O sangue dos homens leva por volta de 12% mais oxigênio por litro do que o das mulheres; o VO2 max dos homens, uma medida da taxa máxima de consumo de oxigênio, é 40-60% maior do que o das mulheres. Um homem em forma, em média, é 23% mais pesado, tem 50% mais massa muscular e 10% menos gordura corporal do que uma mulher em forma. Homens têm crânios mais grossos, pescoços maiores e mais fortes, corações que são 17% maiores e ossos que são maiores e mais densos. Apesar de ser muito mais pesado, o salto vertical de um homem é quase 50% mais alto do que o das mulheres.

    Quanto a reflexos e tempo de reação, os homens superam significativamente as mulheres. Quando confrontados com perigo imediato, estudos sugerem que os homens são "mais propensos do que as mulheres a agir". As mulheres são muito mais propensas a sofrer com cinetose e vertigem. Na Marinha, os pedidos de licença por razões médicas são 70% mais frequentes entre mulheres do que entre os homens. As mulheres são muito mais propensas a desenvolver transtorno de estresse pós-traumático e sofrem com os sintomas por mais tempo que os homens. Apesar da habilidade específica de lidar com a dor do parto, "estudo após estudo" mostra conclusivamente que os homens têm uma tolerância global a dor muito maior do que as mulheres.


    Fontes
    [1]  [2]  [3]  [4]

    quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

    "Imigração é sempre benéfica para a economia"





    Em um e-mail endereçado a Henryk A. Kowalczyk, Milton Friedman afirmou:

    "A imigração é um assunto particularmente difícil. Não há dúvida de que a imigração livre e aberta é a política certa em um estado liberal, mas em um estado que oferece benefícios sociais a história é diferente: a oferta de imigrantes se tornará infinita. Sua proposta de que alguém só seja capaz de vir para [obter] emprego é boa, mas não iria resolver o problema completamente." 

    Contexto histórico
    Em 1964, o presidente Lyndon Johnson introduziu uma legislação que ficou conhecida popularmente pelo nome de War on Poverty, ou 'guerra contra a pobreza'.
    Johnson acreditava em expandir o papel do governo federal na educação e na saúde como estratégia de redução da pobreza, visão que foi apoiada pelo congresso americano ao aprovar a Lei de Oportunidade Econômica, que estabeleceu o Escritório de Oportunidades Econômicas (OEO) para administrar a aplicação local de fundos federais direcionados contra a pobreza.

    Atualmente o governo federal americano administra mais de 80 programas diferentes contra a pobreza a um custo de cerca de 900 bilhões de dólares por ano [1]. No entanto, 46 ​​milhões de americanos são classificados como "pobres" nos dias de hoje e a taxa de pobreza quase não saiu do lugar: caiu de 19% em 1965 para 14,8% em 2014, apesar de um total de 22 trilhões de dólares gastos desde o início do programa.


    Aspectos culturais e econômicos

    Custo para a manutenção de benefícios sociais 
    De acordo com o relatório sobre o custo da imigração divulgado pelo Center for Immigration Studies, famílias formadas por imigrantes legais/ilegais recebem uma média de 6.234 dólares em benefícios federais a cada ano, 41% acima da média recebida por cidadãos americanos nativos, que é de 4.431 dólares.
    Estes números não incluem gastos com educação pública.
    Com um custo aproximado de $12.300 por aluno por ano, esses serviços são, em grande parte, gratuitos ou altamente subsidiados. [1]

    O custo total é de mais de US$ 103 bilhões em benefícios sociais para famílias chefiadas por imigrantes. A maioria, 51% das famílias imigrantes, recebe algum tipo de benefício, contra apenas 30% das famílias americanas. [2]


    Grupos distintos trazem benefícios/custos distintos
    Em discussões sobre imigração o termo 'imigrante' é quase sempre usado como uma abstração teórica totalmente dissociada da realidade cultural ou como uma descrição generalizante que trata indivíduos com as mais variadas origens como um grupo homogêneo. Um erro básico bastante criticado pelo economista Thomas Sowell, que baseado em seus estudos sobre a influência cultural no sucesso (ou no fracasso) dos diferentes grupos americanos, afirmou que "alguns grupos de imigrantes têm feito grandes contribuições para a sociedade americana, e outros têm contribuído principalmente para [o aumento das] filas de benefícios sociais e prisões". [3]

    Estudo patrocinado pelo Ministério do Interior da Holanda mostra que 40% dos imigrantes marroquinos no país com idade entre 12-24 anos já foram presos, multados, acusados ou processados por algum crime nos últimos 5 anos. O estudo ainda mostra que a maioria desses criminosos é nascida na Holanda. [7]

    O relatório sobre o custo da imigração do Center for Immigration Studies confirma as conclusões de Sowell e mostra que mexicanos e nativos da América Central, que formam a maioria dos imigrantes nos EUA, recebem em média 8.251 dólares por ano em benefícios sociais, contra 4.431 dólares recebidos por famílias americanas, ou seja: 86% a mais.

    Os números ainda mostram que imigrantes oriundos de culturas menos avançadas e paternalistas, com menos ênfase na educação -- principalmente a não-estatal -- e com laços familiares menos estreitos sugam mais dinheiro do sistema social e contribuem menos.

    Logo depois dos mexicanos/centro-americanos estão os sul-americanos, com média de $6.159;
    os caribenhos com $5.705;
    africanos com $5.631;
    imigrantes do leste asiático com $5.260;
    e, por fim, os europeus com apenas $3.509 e sul-asiáticos com $2.565, os dois únicos grupos que recebem menos ajuda que os americanos nativos.

    Thomas Sowell atribuiu o sucesso de alguns grupos de imigrantes a essas diferenças e aos seus valores culturais:

    "Seu destino na América não foi determinado apenas pelas condições sociais ao seu redor nos Estados Unidos ou por como eles foram tratados pela sociedade americana. Eles eram diferentes antes de embarcarem nos navios para atravessar o oceano e aquelas diferenças cruzaram o oceano com eles." [4]

    O economista ainda afirma que essas "diferenças culturais persistentes" continuam sendo determinantes para o sucesso dos descendentes dos imigrantes, mesmo depois de serem absorvidos pelo país de chegada e influenciados por seus costumes. É com base nisso que ele explica as diferenças econômicas entre americanos de origem judaica, chinesa ou alemã em comparação aos de origem árabe, hispânica ou africana.

    Em seu livro Migrations And Cultures: A World View (Migrações e Culturas: Uma Visão de Mundo), Sowell expande seu argumento de que algumas culturas são mais propensas ao sucesso do que outras ao analisar seis grupos de imigrantes -- os alemães, japoneses, italianos, chineses, judeus e indianos. Na obra ele explica os traços culturais e valores responsáveis pelo sucesso econômico e conquistas destes grupos.

    Thomas Sowell em seu "Immigration taboos" (Tabus de Imigração): [5]

    No centro de muita confusão sobre a imigração está a noção de que "precisamos" de imigrantes — legais ou ilegais — para executar um trabalho que os americanos não farão. 

    O que "precisamos" depende do custo e do que estamos dispostos a pagar. Se eu fosse um bilionário, eu poderia "precisar" de meu próprio jato privado. Mas eu me lembro de uma época em que minha família nem sequer "precisava" de eletricidade.

    Deixar os preços fora da discussão é provavelmente a fonte da maior quantidade falácias na economia. Com os salários atuais para os empregos de baixa qualificação e os atuais benefícios sociais, há de fato muitos empregos que os americanos não estão dispostos a ocupar.

    e ele continua:

    O fato de que os imigrantes — especialmente os imigrantes ilegais — ocupam esses empregos é a própria razão pela qual os níveis salariais não vão subir o suficiente para atrair americanos. 

    Isso não é nenhum bicho de sete cabeças. É a elementar [lei da] oferta e procura. No entanto, continuamos a ouvir sobre a "necessidade" de que imigrantes ocupem trabalhos que os americanos não estão dispostos a fazer — embora estes sejam os mesmos empregos que os americanos têm ocupado por gerações antes da imigração ilegal em massa ter se tornado um 'estilo de vida'.

    Ainda Sowell, no artigo Guests or gate crashers? (Hóspedes ou Penetras?): [6]

    A maioria dos argumentos pelo não cumprimento de nossas leis de imigração é composta por exercícios de retórica frívola e sofismas escorregadios, em vez de argumentos sérios que se sustentam sob escrutínio. 

    Quantas vezes ouvimos que os imigrantes ilegais "tomam empregos que os americanos não ocuparão"? O que falta neste argumento é o crucial em qualquer argumento econômico: o preço. 

    Os americanos não aceitarão muitos empregos em seus atuais níveis de remuneração — e esses níveis de remuneração não aumentarão enquanto imigrantes miseráveis estiverem dispostos a aceitar esses empregos.

    [...]

    Caso jornalistas mexicanos estivessem inundando os Estados Unidos e tomando postos de trabalho como repórteres e editores com metade do salário recebido por jornalistas e editores americanos, talvez as pessoas na mídia entenderiam por que o argumento sobre "aceitar empregos que os americanos não querem" é um absurdo tão grande. 

    Nada da retórica e dos sofismas que ouvimos sobre a imigração lida com a simples e feia realidade: os políticos têm medo de perder o voto hispânico e as empresas querem mão-de-obra barata.

    Ou seja, o economista afirma que realmente existem vagas de emprego que americanos podem não estar dispostos a preencher, mas que a recusa em ocupar grande parte delas é causada pela ação do estado em um front e por sua inação em outro: por um lado o governo ignora as leis de imigração, permitindo que milhões de imigrantes pobres aumentem a oferta de mão-de-obra muito além da capacidade de criação de novos empregos, que cada vez mais se desvalorizam, enquanto por outro lado o mesmo governo oferece benefícios sociais astronômicos para milhões de seus cidadãos, que se recusam a trabalhar por salários tão reduzidos e acabam preferindo viver sustentados por programa sociais.


    Milton Friedman e as vantagens da imigração ilegal

    Milton Friedman realmente defendia que a imigração ilegal "é uma boa coisa para os EUA... enquanto ela for ilegal". A ideia por trás desta afirmação é que a imigração ilegal é benéfica para a economia, desde que estes trabalhadores baratos não tenham acesso a nenhum tipo de benefício social.

    O problema para quem ainda defende as vantagens da imigração ilegal para os EUA é que estas pessoas ignoram o custo que ela representa para os cofres públicos num país onde ilegais têm acesso a benefícios sociais — e no qual conseguem obter cidadania ou residência com relativa facilidade. 

    O estudo do Center for Immigration Studies mostra que famílias de imigrantes ilegais custam em média US$ 5.692 para o pagador de impostos americano, um valor praticamente igual ao pago a imigrantes legais sul-americanos e africanos, e muito superior ao pago a imigrantes legais asiáticos e europeus.

    Um estudo conduzido pela The Heritage Foundation mostra que, na média, cada família ilegal residente nos EUA representa um déficit líquido (benefícios recebidos menos impostos pagos) de $14.387 ao governo. [7]

    O estudo foi recebido com uma previsível chuva de críticas vinda de políticos com eleitorado formado por imigrantes, como a maioria dos democratas e republicanos como Marco Rubio. Economistas keynesianos e alguns liberais também criticaram a metodologia do estudo.
    A maior parte das críticas apontava um suposto erro na metodologia usada, que calcula o custo por lares/famílias, e não por indivíduos.

    A crítica é desonesta e se a prática tivesse sido adotada pelo estudo ela acabaria por distorcer completamente seu resultado, pois os chamados anchor babies, os filhos de imigrantes ilegais nascidos nos EUA, que são justamente as crianças que mais custam aos pagadores de imposto americanos, seriam computados como cidadãos americanos, e não como imigrantes. 
    Apesar destas crianças serem tecnicamente cidadãs de acordo com o polêmico entendimento atual, elas são fruto de atividade ilegal que deveria ser coibida pelo governo. 


    Já no artigo Abstract Immigrants [8], Thomas Sowell, o mais conhecido e renomado aluno de Milton Friedman, responde àqueles que buscam falar em nome do falecido professor ao defender a livre imigração:

    Uma coluna recente no Wall Street Journal intitulada "O que Milton Friedman diria?" tentou imaginar o que o falecido professor Friedman "sem dúvida consideraria o resultado ideal" no que diz respeito às leis de imigração.

    Embora eu tenha sido um aluno do professor Friedman, eu nunca presumiria falar por ele. No entanto, ele era um homem com a rara combinação de genialidade e bom senso, e publicou muito trabalho empírico assim como trabalho analítico, o que lhe valeu um Prêmio Nobel. Em suma, fatos concretos importavam para ele.

    É difícil imaginar Milton Friedman procurando pelo "resultado ideal" sobre a imigração como uma abstração. Mais de uma vez ele disse que "o melhor é o inimigo do bom", o que para mim significava que tentativas de alcançar um ideal inatingível podem nos impedir de alcançar bons resultados que são possíveis na prática.

    Muito da nossa controvérsia atual sobre imigração é conduzida em termos de ideais abstratos, como "nós somos uma nação de imigrantes". Claro que somos uma nação de imigrantes. Mas também somos uma nação de pessoas que usam sapatos. Segue-se que devemos admitir qualquer um que usa sapatos?

    Os imigrantes de hoje são muito diferentes em diversos aspectos daqueles que chegaram aqui há cem anos. Além disso, a sociedade na qual eles chegam é diferente. A coluna do Wall Street Journal termina por citar um outro economista que disse: "É melhor construir uma muralha em torno do estado de bem-estar social (welfare state) do que do país".

    Mas o estado de bem-estar social já está aqui — e, longe de ter um muro construído em torno dele, o estado de bem-estar está se expandindo em todas as direções rapidamente. Não temos uma escolha entre o estado de bem-estar social e fronteiras abertas. Tudo o que tentamos fazer no que diz respeito às leis de imigração tem que ser feito no contexto de um enorme estado de bem-estar social que já é um fato importante e inescapável da vida.

    Entre outros fatos da vida completamente ignorados por muitos defensores da anistia para imigrantes é que a livre circulação internacional de pessoas é diferente do livre comércio internacional de bens.

    Comprar carros ou câmeras de outros países não é o mesmo que admitir pessoas desses países ou de outros países. Ao contrário de objetos inanimados, pessoas têm culturas, e nem todas as culturas são compatíveis com a cultura neste país que produziu tais benefícios para o povo americano por tanto tempo.

    Não só os Estados Unidos, mas o mundo ocidental em geral, têm descoberto da maneira mais difícil que aceitar pessoas com culturas incompatíveis é uma decisão irreversível com consequências incalculáveis. Se não enxergamos isso depois dos recentes ataques terroristas nas ruas de Boston e Londres, quando será que enxergaremos?

    E, para finalizar, Sowell critica os "libertários doutrinários", aqueles que não conseguem enxergar a realidade por trás de abstrações teóricas e motivações puramente econômicas, e que acabam por ignorar por completo motivações religiosas/ideológicas além de fatores culturais que acabam por destruir sociedades.

    Do artigo Newt's 'humane' immigration policy [9] (Política de imigração "humana" de Newt):

    Os libertários mais doutrinários vêem os benefícios do livre comércio internacional de bens e estendem o mesmo raciocínio à livre circulação internacional de pessoas. Mas os bens não trazem uma cultura com eles, nem dão à luz outros bens para perpetuar essa cultura.

    Por que as pessoas querem vir para a América? Porque a América lhes oferece algo que seus países não têm. Este país tem uma cultura que tem produzido um padrão de vida melhor e uma vida mais livre do que a de muitos outros países.

    Quando você importa pessoas você importa culturas, incluindo culturas que têm sido muito menos bem sucedidas em proporcionar vidas e meios de subsistência decentes. O povo americano tem o direito de decidir por si mesmo se quer importações ilimitadas de culturas de outros países.

    No passado imigrantes vieram para a América para se tornarem americanos. Hoje, os apóstolos do multiculturalismo e do grievance mongering fizeram seu melhor para manter imigrantes alheios a cultura nativa e, se possível, ressentidos. Nossas próprias escolas e faculdades ensinam [este tipo de] ressentimento.

    Os países europeus aprenderam da pior forma como importações maciças de uma cultura estrangeira podem minar sua própria cultura, polarizar sua população e criar perigos internos que são irreversíveis. O arrepiante e perspicaz livro "Mexifornia" de Victor Davis Hanson mostra padrões semelhantes na Califórnia.