segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

Black Lives Matter e violência contra negros na América



Violência policial
  • Policiais americanos mataram quase 2 vezes mais brancos do que os negros em 2015. Segundo dados compilados pelo jornal The Washington Post, 50% das vítimas de tiroteios fatais efetuados pela polícia eram brancas, enquanto 26% eram negras. A maior parte dessas vítimas tinha uma arma de fogo ou "estava armada (com algum outro objeto) ou ameaçando o policial com força potencialmente letal", de acordo com Heather Mac Donald, em um discurso no Hillsdale College.

Comentário: Brancos representam 62% da população americana, enquanto negros são apenas 13%. Mas, como informa Mac Donald no The Wall Street Journal, as estatísticas de 2009 do Bureau of Justice Statistics revelam que negros são responsáveis por 62% dos roubos, 57% dos assassinatos e 45% dos assaltos nos 75 maiores condados do país, apesar de representarem aproximadamente 15% da população nestes mesmos locais.
Heather MacDonald também mencionou em seu discurso em Hillsdale que os negros são responsáveis por 75% de todos os tiroteios, 70% de todos os roubos e 66% de todos os crimes violentos" em Nova York, embora eles representem apenas 23% da população da cidade.

Com base nestes números seria lógico esperar que o número de negros mortos ou feridos em confrontos com a polícia fosse consideravelmente mais alto, já que o uso da força por parte de policiais ocorre com mais frequência justamente no combate de crimes violentos, com suspeitos armados e que resistem à prisão, crimes estes que são predominantemente cometidos por negros.  

  • Mais brancos e hispânicos morrem pelas mãos da polícia do que negros.  12% dos homicídios de brancos e hispânicos foram causados por ações policiais, enquanto apenas 4% dos homicídios de negros foram de responsabilidade da polícia.
  • Os dados do Washington Post mostram que homens negros desarmados têm mais chances de morrer pela arma de um policial do que um homem branco desarmado. Em agosto de 2015, a proporção de homens negros desarmados mortos pela polícia em comparação com a de homens brancos desarmados era de 7:1. A proporção foi de 6:1 no final de 2015. 

Comentário: O Marshall Project contesta a metodologia usada e mostra as falhas responsáveis por este resultado:
O termo "desarmado" é literalmente preciso, mas freqüentemente falha em transmitir situações de policiamento altamente carregadas. Em vários casos, se a vítima acabou desarmada, certamente não foi por falta de tentativa. Pelo menos cinco vítimas negras teriam tentado agarrar a arma do policial ou bater nele com seu próprio equipamento. Alguns foram atingidos por um tiro acidental desencadeado por seu próprio ataque contra o policial. E dois indivíduos incluídos na categoria de "vítimas negras desarmadas" do [Washington] Post foram atingidas por balas perdidas disparadas contra outras pessoas em tiroteios policiais justificados. Se as vítimas não eram os alvos pretendidos, então o racismo não pode ter desempenhado nenhum papel em suas mortes.
Em um desses casos acidentais, um policial disfarçado estava conduzindo uma operação em Mount Vernon, no norte de Nova York. Um dos traficantes de armas pulou no carro do policial, apontou uma pistola para sua cabeça, pegou 2.400 dólares e fugiu. O policial iniciou uma perseguição e abriu fogo depois que o ladrão apontou sua arma para ele mais uma vez. Duas das balas do oficial acidentalmente atingiram um inocente de 61 anos, matando-o. O homem mais velho era negro, mas sua raça não teve nada a ver com sua trágica morte.
No outro caso de dano colateral, em Virginia Beach, Virgínia, os policiais se aproximaram de um carro estacionado em uma loja de conveniência que tinha um suspeito de homicídio no banco do passageiro. O suspeito abriu fogo, acertando a camisa de um policial. Os policiais atiraram de volta, matando o homem que os atacou, assim como uma mulher no banco do motorista. Aquela mulher entrou no banco de dados do Post como uma "vítima negra desarmada" de policiais, sem qualquer explicação adicional. 
O estudo mostra outros casos semelhantes. 

De acordo com a base de dados de 2015 do The Washington Post, 36 homens negros desarmados foram mortos por tiros disparados por policiais -- de um total de 990 pessoas mortas por tiros da polícia; 31 homens brancos desarmados foram baleados e mortos pela polícia no mesmo ano.

Dos 36 homens negros desarmados mortos por tiros da polícia, o nível de ameaça foi determinado como "ataque em andamento" em 15 deles, "outro" em 18 e três como "indeterminado". 
Uma vez que a classificação "outro" é muito ampla, aqui estão algumas das instâncias que se encaixam nesta categoria:
1 - Um homem foi baleado quando correu na direção de policiais          "empunhando um grande galho de árvore"; 
2 - Outro foi atingido quando tentou tirar algo do carro quando lhe ordenaram que levantasse as mãos; 
3 - Um homem foi acidentalmente atingido por uma bala destinada a um outro homem que apontou uma arma para um policial.

De acordo com outro estudo, conduzido por Roland G. Fryer Jr., da Universidade de Harvard, negros têm uma probabilidade 20% menor de serem atingidos pela polícia com armas de fogo.

Quando Fryer e sua equipe examinaram os detalhes dos 1.332 casos de troca de tiros envolvendo forças de segurança, eles descobriram que os policiais eram menos propensos a disparar contra suspeitos negros.

Fryer encontrou o mesmo resultado quando examinou casos que não resultaram em tiroteios. Usando dados do Departamento de Polícia de Houston, o professor analisou prisões nas quais força letal poderia ter sido justificada -- casos em que os suspeitos foram presos por ofensas graves, como resistir à prisão, fugir ou atacar um policial, e descobriu que se o suspeito era negro, a probabilidade de ser alvejado por tiros de policiais era cerca de 20% menor.

  • Policiais negros e hispânicos atiram mais em negros do que policiais brancos, de acordo com um relatório do Departamento de Justiça (2015) sobre o Departamento de Polícia da Filadélfia. Esta conclusão foi confirmada por um outro estudo conduzido pelo criminologista Greg Ridgeway, da Universidade da Pensilvânia, que mostra que a probabilidade de negros serem baleados por policiais negros é 3,3 vezes maior do que por outros policiais.
  • Negros matam mais policiais do que policiais matam negros. Isso de acordo com dados do FBI, que também descobriu que 40% dos assassinos de policiais são negros. Segundo Mac Donald, a probabilidade de um policial ser morto por um negro é 18,5 vezes maior do que a de um negro desarmado ser morto por policiais


Violência entre negros
  • De acordo com Peter Papaherakles, da American Free Press, "para cada negro morto por um policial branco nos Estados Unidos a cada ano, há cerca de 71 negros mortos por outros negros"
Papaherakles chegou a sua conclusão depois de examinar os dados do FBI entre 2007-2012, bem como um relatório do Wall Street Journal destacando "centenas de homicídios [cometidos] por agências de segurança" que não estão na base de dados do FBI, e comparou com os 7.440 negros mortos por outros negros em 2007. 
  • Dados mostram que 93% dos negros vítimas de homicídio são mortos por outros negros.
84% dos brancos vítimas de homicídio são mortos por outros brancos, mas Jason Riley, do The Wall Street Journal, mostra que a taxa de crimes cometidos por brancos é "muito menor do que a taxa dos negros".


Aspectos sócio-econômicos
  • De acordo com Jason Riley, "as taxas de criminalidade dos negros eram menores nos anos 40 e 50, quando a pobreza negra era maior" e "a discriminação racial era desenfreada e legal".
  • De acordo com Heather Mac Donald, há uma ligação direta entre o colapso da família e a violência juvenil.

Como mostra o economista Thomas Sowell, antes da década de 1960 "a maioria das crianças negras era criada em famílias formadas pelos dois pais". Em 2013, mais de 72% dos negros nasceram fora do casamento. No condado de Cook - onde fica Chicago, um dos locais mais violentos dos EUA - 79% dos negros nasceram de mães solteiras em 2003, enquanto apenas 15% dos brancos são filhos de mães solteiras.

A criminalidade negra e o "legado da escravidão"
Thomas Sowell, em seu artigo The Inconvenient Truth about Ghetto Communities’ Social Breakdown:

O argumento do "legado da escravidão" não é apenas uma desculpa para um comportamento imperdoável nos guetos. Num sentido mais amplo, é uma evasão de responsabilidade pelas conseqüências desastrosas da visão social prevalente em nossos tempos e das políticas baseadas nessa visão ao longo do último meio século. Qualquer pessoa que leve evidências a sério só precisa comparar as comunidades negras, e como elas evoluíram nos primeiros 100 anos após a escravidão, com as comunidades negras e sua evolução nos primeiros 50 anos após o crescimento vertiginoso do estado de bem-estar social, a partir da década de 1960. 

[...]

Dizem que revoltas são resultado da pobreza negra e do racismo branco. Mas na verdade — para aqueles que ainda têm algum respeito pelos fatos — tanto a pobreza negra quanto o racismo branco eram muito piores antes de 1960. Mas os crimes violentos nos guetos negros eram muito menos frequentes.

Taxas de homicídio entre os homens negros estavam caindo durante os muito lamentados anos 50, enquanto passaram a subir depois dos anos 1960, atingindo níveis 2 vezes maiores do que tinham sido antes. A maioria das crianças negras eram criadas em famílias formadas por pai e mãe antes da década de 1960. Mas hoje a grande maioria das crianças negras são criadas em famílias monoparentais. Essas tendências não são exclusivas dos negros, nem mesmo dos EUA. O estado de bem-estar social levou a tendências semelhantes entre a classe-baixa branca na Inglaterra durante o mesmo período. Basta ler Life at the Bottom, de Theodore Dalrymple, um médico britânico que trabalhou em um hospital em um bairro de favelas habitadas por brancos. 
Você não pode isentar qualquer pessoa, seja da cor que for, das exigências da civilização — incluindo trabalho, padrões comportamentais, responsabilidade pessoal e todas as outras coisas básicas que a intelligentsia despreza — sem consequências desastrosas para eles e para a sociedade em geral.

Subsídios que ignoram juízos morais de estilos de vida contraproducentes estão tratando as pessoas como se fossem gado, que deve ser alimentado e cuidado por outros em um estado de bem-estar social — mas ainda assim esperando que eles se desenvolvam como os seres humanos se desenvolveram quando enfrentaram os desafios da vida. 

Um fato importante que continua a ser ignorado é que a taxa de pobreza entre casais negros tem estado em dígito único desde 1994. Comportamento e os fatos são importantes. Mais do que as visões sociais prevalentes ou que os impérios políticos construídos sobre essas visões.


Fontes
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